sábado, novembro 13, 2004

"Ivaginem Brochas Excelências;" CXI

"seguir...
Seguir..., foi isso que disseste???

Seguir ... é de facto um desafio... quando não se sabe para onde... mas há sempre a possibilidade de seguir uma ideia louca que no momento nos motiva.

Seguir... foi a ordem recebida ao nascer, Desvendar caminhos para nós desconhecidos mas por outros já trilhados. Há que cumprir a VIDA!!!
Seguir... um raio de sol nascente
E sentir a claridade desse dia.!!
Seguir... o percurso de uma gota de chuva até ao mar!!
E ficar deslumbrado de azul.!!!

Seguir... o sol até ao seu poente
E sentir a plenitude de um dia que
finda!!!
Finda uma curva da nossa vida por vezes mais apertada, surgirá por certo uma recta apaixonante sobre a qual podemos recordar todos os bons momentos passados, bem como fazer tudo para que o futuro seja igualmente brilhante e "Eternamente
RECORDADO".
Deviam ser perto das cinco horas...
Mas a hora pouco importa...
Naquela idade nada importa, e muito menos a hora....
A idade era sete anos e seguramente alguns meses mais.

Devia ser inverno pois recordo-me vagamente do frio e também do outro Pedro, mas também poderia chamar-se Zé ou Vitor, era mais um amigo dos muitos que temos quando temos sete anos e que se perdem e se voltam a encontrar mais tarde nas memórias
que ficam ...

O Pedro corria atrás de mim com aquela certeza dogmática, pertença exclusiva das crianças de que apanharia mais cedo ou mais tarde.

Eu preferia que fosse mais tarde, até porque desconfiava que nada de bom
dali viria ...

O Pedro, o outro, era dado a acessos de sincera e gratuita violência e naquele momento era eu o pano vermelho á frente daquela fúria prestes a rebentar...
Qualquer parte ( não importava muito qual ) do meu corpo franzino.

Assim toda a energia que possuía era canalizada para as minhas pernas, que pareciam duplicar a velocidade a cada vislumbre da expressão carregada, do temporariamente eleito pior inimigo do mundo.
Compreende-se que toda minha atenção fosse sugada por aquele vórtex de perigo que impelia a descrever malabarismos por entre os magotes de crianças e pais que se acumulavam na confusão diária da saída da escola.
"